segunda-feira, 25 de março de 2013

Agricultores familiares tradicionais reconhecem benefícios do plantio de palma adensada



 Agricultores familiares da região de Senhor do Bonfim reconhecem, por meio do aumento de produtividade e diminuição do tempo de colheita, as diferenças e benefícios do plantio adensado de palma. Na região, já foram implantados pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) vinculada à Secretaria estadual de Agricultura, 11 unidades de produção, que servem como modelos didáticos para os agricultores.

As unidades de palma adensada, implantadas pela EBDA, fazem parte do Programa de Segurança Alimentar do Rebanho da Agricultura Familiar, que tem como objetivo contribuir para a sustentabilidade da bovinocultura do leite e ovinocaprinocultura da agricultura familiar, gerar renda e inclusão social. “A palma produzida no programa serve de reserva estratégica para alimentação do rebanho, principalmente nos períodos de longa estiagem”, explica o diretor de Pecuária da EBDA, Marcelo Vieira Matos da Paz.

“Não tinha fé na tecnologia, mas percebi que os velhos tempos acabaram; o plantio tradicional não tem tanto resultado quanto este modelo novo, e as cinco tarefas de terra que plantei não chegam nem aos pés do que vejo aqui nesta unidade de produção”, afirmou o agricultor Joaquim Alves da Silva, morador do município de Ponto Novo, localidade onde foram implantadas pela empresa, duas unidades de palma adensada.

Os campos experimentais de palma possuem 30m de largura por 25m de comprimento, para o plantio adensado de palma, e 10m de largura por 25 de comprimento para o plantio convencional. Esta metodologia é utilizada para que haja uma comparação entre os dois modelos, e uma consequente comprovação da eficácia na produção do modelo adensado, pelos agricultores. A manutenção das mudas é feita por meio da adubação periódica, o que favorece a durabilidade e a produtividade do cultivo da palma.

“O modelo adensado tem um rendimento 10 vezes maior que o modelo convencional, e esta realidade é comprovada em cada comunidade, quando, um ano e meio depois do plantio, voltamos para fazer o dia de campo e a colheita da palma”, comentou o chefe do escritório de Ponto Novo, Reinaldo da Silva Santos. Ele conta que a comparação dos dois modelos, que receberam o mesmo acompanhamento e cuidado, chama a atenção dos agricultores, durante as visitas: “passando pelo campo, o agricultor se assusta quando vê a diferença de produtividade; muitas vezes não precisa nem colher para o agricultor familiar perceber os benefícios nítidos da produção no modelo adensado”, afirmou Santos.

O técnico agrícola da EBDA e supervisor das unidades, na região de Senhor do Bonfim, Paulo Roberto, explica: “o agricultor reconhece que, em plena seca, a cultura da palma é feita com sucesso, o que já é uma grande vitória; o aperfeiçoamento da tecnologia, caso necessário, e a difusão da mesma farão com que os agricultores reconheçam a importância da palma para os seus rebanhos, e serão os grandes multiplicadores desta nova tecnologia”, complementou o técnico.



Fonte: EBDA/Assimp
Foto: caetite.olx

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